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Comandados por Doué, PSG atropela a Inter e, enfim, é campeão da Liga dos Campeões

 

Doué e Hakimi comemoram um dos gols do PSG (Foto: Divulgação)

Desde 2011, quando foi adquirido pelo fundo de investimentos do Qatar, o PSG contratou diversos craques com o objetivo de se campeão europeu. Após bater na trave em 2020 quando perdeu a decisão para o Bayern de Munique, enfim o torcedor parisiense pôde comemorar um título europeu – o segundo da França, que viu o Olympique de Marseille levantar a taça em 1993.

Em Munique, o PSG foi dominante diante da Inter de Milão e viu o jovem Désiré Doué ser o dono da decisão. O garoto, cria do Rennes, anotou dois gols e deu uma assistência para o gol de Hakimi, além de Kvaratskhelia e Mayulu que sacramentaram a goleada. O time da capital francesa conquistou uma tranquila vitória de 5 a 0 - o maior placar de uma final da Liga dos Campeões.

Se o PSG comemora o título inédito, a Inter terá uma temporada para esquecer. Os comandados de Simone Inzaghi não levantou nenhuma taça. Viu o Napoli vencer a Série A e, após dois anos, teve a chance de voltar em uma final europeia para se recuperar da derrota sofrida para o Manchester City, mas os italianos foram simplesmente engolidos pelos franceses, que praticamente não assustaram Donnarumma, fazendo com que o camisa 1 parisiense tivesse pouco trabalho.  

Campanhas

Os italianos fizeram uma campanha tranquila na fase de liga. No quarto lugar, somou 19 pontos e teve apenas uma derrota: 1 a 0 para o Bayer Leverkusen – vale destacar que foi o único gol sofrido pela equipe nessa primeira parte da competição.

No mata-mata, eliminou o Feyenoord, Bayern de Munique e um jogo épico diante do Barcelona, com o placar agregado de 7 a 6.

Diferentemente do rival, o PSG teve uma fase de liga mais conturbada no começo. A equipe de Luís Enrique venceu uma vez nas primeiras cinco rodadas, mas depois conseguiu três triunfos seguidos, chegando aos 13 pontos, garantindo a 15° posição e uma vaga nos playoffs.

Despachou o Brest em duelo francês no playoff, que acabou 10 a 0 no agregado. Na sequência, eliminou o Liverpool, Aston Villa e Arsenal.

Escalações

Primeiro tempo

Como era de se imaginar, os franceses começaram o jogo com a marcação alta. O pouco que a Inter tinha a bola, os italianos não conseguiam sair jogando, ainda mais com o adversário marcando com quase todos os seus jogadores de linha no campo de ataque.

Com dez minutos de jogo, Doué e Dembélé fizeram as primeiras conclusões do PSG, mas ambas foram fracas e Sommer defendeu sem problemas. Mas a pressão dos comandados de Luis Enrique era tão grande, que os franceses abriram o marcador aos 12. Em troca rápida de passes, Vitinha encontrou Doué pelo lado esquerdo da área. O jovem, com liberdade, rolou para o meio e Hakimi, sem marcação, só escorou para o fundo da rede – a lei do ex dando a graça em Munique.

Aos 20 minutos, a Inter estava no ataque, Pacho evitou a saída de bola pela linha de fundo e o PSG saiu em contra-ataque com Kvaratskhelia. Dembélé recebeu do georgiano, disparou pela esquerda e virou o jogo para Doué na direita. O camisa 14 dominou, chutou com desvio em Dimarco, tirou Sommer da jogada, que nada pôde fazer para evitar o segundo gol francês.

Da entrada da área, Fabián Ruiz arriscou da entrada da área, mas Sommer fez a defesa tranquila no meio do gol aos 27. Demorou, mas a Inter foi ter sua primeira chegada perigosa aos 37 minutos, com Thuram cabeceando à esquerda da trave após cobrança de escanteio. Nos acréscimos, em nova bola desviada, agora em chute de Kvaratskhelia dentro da área, o goleiro da Inter ficou totalmente batido, só olhando a redonda passar raspando a trave direita.

Segundo tempo

Antes do relógio completar o primeiro giro, Kvaratskhelia arriscou chute forte quase dentro da área, mas a bola subiu muito. Em sobra aos cinco minutos, o camisa 7 do PSG chutou mais uma vez, sem acertar o alvo.

Colocando o jogo no bolso, Doué sacramentou qualquer possibilidade de reação da Inter ao anotar o seu segundo gol na decisão aos 18 minutos. Em jogada que começou com lindo passe de calcanhar de Dembélé, ele encontrou Vitinha. Com espaço, o português arrancou e ligou o jovem de 19 anos, que bateu no cantinho direito, sem chances para Sommer.   

Para transformar o jogo em goleada, faltava o gol de Kvaratskhelia. O georgiano era um dos jogadores mais participativos da decisão e foi recompensado com uma bola na rede. Aproveitando o espaço na defesa italiana, Dembélé enfiou grande passe para o camisa 7, que saiu na cara do gol e bateu na saída de Sommer.

Demorou, mas Donnarumma foi fazer sua primeira defesa aos 30 minutos, em tentativa de chute colocado de Thuram. Barcola tentou fazer um golaço aos 37, deixou Acerbi no chão e, na cara do gol, mandou para fora.

E deu tempo do quinto gol aos 41 minutos. Na jogada dos garotos, Barcola viu a passagem de Mayulu nas costas da defesa e o camisa 24, na cara do gol, o jovem da base do PSG chutou forte, para sacramentar o título inédito do PSG.

Estéfano Butzge

Jornalista formado na Universidade Católica de Pelotas. Colecionador de camisas de futebol, torcedor do Internacional, Nottingham Forest e da McLaren na Fórmula 1. twitter

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