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Real Madrid suporta pressão do Dortmund, mata o jogo no segundo tempo e conquista o 15° título europeu

Vini Junior sacramentou o título espanhol (Foto: Divulgação)

O fantasma de Wembley mais uma vez assombrou o Borussia Dortmund em uma final de Liga dos Campeões. Os alemães, é verdade, foram impecáveis no primeiro tempo e até mereceram abrir o placar, mas não foram efetivos. Do outro lado, o Real Madrid, que sobreviveu ao bombardeio do BVB, mas é a velha história: se você não mata um jogo diante do maior campeão europeu, o castigo vem.

E no segundo tempo, o castigo chegou. Os Merengues acordaram para a vida, jogaram melhor e contaram com gols de Carvajal e Vinícius Junior para garantirem o 15° título europeu ao Real Madrid. Carlo Ancelotti.

Independentemente do resultado, vale destacar a coragem da equipe treinada por Edin Terzic, que não se intimidou e terminou o jogo com 12 finalizações, sendo quatro no alvo, em que Courtois fez grandes defesas. O BVB pode ter a fama de ser uma equipe que sente o momento adverso, mas sobreviveu ao grupo da morte e na semifinal, por exemplo, apresentou um futebol sólido e ganhou os dois jogos diante do PSG. Então, desta vez, os alemães serão mais lembrados por sua luta, mas que diante de um adversário que sabe melhor do que ninguém jogar a Liga dos Campeões, acabou sucumbindo apenas na final.

Escalações

Com Lunin gripado, Courtois assumiu a titularidade para fazer seu primeiro jogo na temporada pela Liga dos Campeões. No restante do time, Ancelotti fez o simples e não inventou. Nacho permaneceu na zaga e Kroos, em sua despedida, iniciou a partida no meio-campo, enquanto Bellingham, Rodrygo e Vinícius Junior formavam o tridente ofensivo.

Pelo lado alemão, os desfalques já eram conhecidos: Bensebaini e Duranville. Um dos destaques da equipe, o holandês Malen, que perdeu espaço na reta final da temporada, acabou mais uma vez começando a partida no banco de reservas, vendo Sancho tomar sua posição pelo lado direito do ataque. De resto, Terzic manteve a escalação já conhecida por todos.

Primeiro tempo

As primeiras oportunidades do jogo, não levaram perigo aos goleiros. Valverde isolou após tabela com Bellingham, Fullkrug, possivelmente em condição irregular, deu passe para Brandt finalizar para fora. Vinícius Junior também tentou, mas a canhota do brasileiro foi por cima e passou sem perigo.

Em condição legal, Adeyemi recebeu grande bola enfiada de Hummels aos 21, saiu na cara gol, driblou Courtois, que fechou bem o ângulo e o alemão se atrapalhou e chutou travado pela marcação. Dois minutos depois, novamente na cara do gol, agora foi a vez de Fullkrug, que finalizou na trave – possivelmente, o camisa 14 estava à frente na hora do passe.

Aos 28, em contra-ataque, Brandt encontrou Adeyemi em velocidade, que bateu cruzado para a defesa de Courtois e no rebote, Fullkrug não conseguiu acertar a cabeçada. O jogo ficou mais brigado na parte final, mas ainda deu para os alemães levarem perigo, agora com Sabitzer de fora da área, mandou uma bola venenosa, no cantinho esquerdo e o goleiro conseguiu mandar para escanteio.

Pobre ofensivamente nos primeiros 45 minutos, Ancelotti tentou uma série de alterações táticas, especialmente com Bellingham, que atuou como meia e segundo atacante, mas todas não deram resultado, indicando um claro domínio dos alemães no jogo.  

Segundo tempo

O Real finalmente acertou o alvo, e foi aos três minutos, em cobrança de falta de Kroos, no ângulo e Kobel salvou. No escanteio, Carvajal até ganhou de cabeça, mas foi por cima do gol. Aos nove, Schlotterbeck afastou errado uma bola, que sobrou para Carvajal, que finalizou travado por Maatsen no caminho, que facilitou a defesa de Kobel.

Aos 18, Adeyemi veio pela esquerda e cruzou para Fullkrug testar firme, mas lá estava Courtois, a fazer mais uma grande defesa. Quando os Merengues estavam crescendo no jogo, os espanhóis tiraram o zero do marcador. Aos 29, Kroos cobrou escanteio na esquerda e Carvajal subiu para cabecear sem chances para Kobel.

E Bellingham teve a chance de matar o jogo aos 31, mas o inglês viu sua conclusão ser travada com Schlotterbeck na hora H. Kroos, novamente em cobrança de falta aos 34 minutos, levou perigo e Kobel espalmou. No minuto seguinte, Camavinga bateu colocado de primeira e o goleiro do BVB voou e jogou para escanteio. Na bola parada, foi a vez de Nacho aproveitar escanteio, mas Kobel evitou o pior.

Dominando o jogo, Vini Junior sacramentou o título. Maatsen foi tentar sair jogando, mas deu passe de presente para Bellingham, que só deu de lado na esquerda para o brasileiro invadir a área e bater na saída de Kobel.

Fullkrug chegou a descontar para o Dortmund, mas o centroavante estava em condição irregular e o gol não valeu.  


Estéfano Butzge

Jornalista formado na Universidade Católica de Pelotas. Colecionador de camisas de futebol, torcedor do Internacional, Nottingham Forest e da McLaren na Fórmula 1. twitter

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