Em alta

Com dois gols em cada tempo, Manchester City goleira o Real Madrid e encara a Inter na final da Liga dos Campeões

 

Bernardo Silva fez os dois primeiros gosl do jogo (Foto: Divulgação/Man. City)

Se muitos acreditam naquela mística da “camisa ter peso”, não entrou em campo desta vez. Com um primeiro tempo arrasador, o Manchester City venceu o Real Madrid por 4 a 0 e irá encarar a Inter na decisão da Liga dos Campeões.

Sufocando o Real Madrid nos 45 minutos iniciais, coube a Bernardo Silva, com dois gols, deixar os Cityzens mais tranquilos e manter o seu ímpeto para o restante da partida. Já o Real Madrid, praticamente não viu a cor da bola e, somente em alguns lances esporádicos, levou perigo a Ederson, principalmente Kroos em chute de fora da área, que pegou na trave e Alaba, que exigiu o goleiro espalmar para escanteio.

O City segue vivo para conquistar a tríplice coroa, já que lidera a Premier League, além de estar na decisão da Copa da Inglaterra. Já o Real, se contentará apenas com a Copa do Rey, já que no último final de semana, o Barcelona se sagrou campeão espanhol.

Escalações

Guardiola repetiu a escalação, mantendo o esquema de três zagueiros, com Walker no centro da defesa e Stones no meio-campo.

O Real Madrid teve apenas uma mudança em relação ao primeiro jogo. Rudiger voltou ao banco de reservas, depois de Éder Militão cumprir suspensão.

Primeiro tempo

Os minutos iniciais foram de pressão dos donos da casa. Walker arriscou de longe, mas isolou. Aos seis, Haaland recebe passe de De Bruyne, dribla Courtois, mas perde ângulo para chutar e toca para trás, mas não tinha ninguém dos Cityzens acompanhando o norueguês. Aos sete, Rodri faz jogada individual, passa por Kroos e chuta cruzado, que passa perto do gol.

O time de Guardiola era pressão pura. Grealish e Gundogan trocam passes até a bola chegar em Stones. O camisa 5 arriscou da entrada da área, e Courtois só observou a bola sair. Depois, foi a vez de Haaland receber cruzamento de Grealish e cabecear para a defesa do goleiro e Alaba afastar a sobra, que iria entrando para o gol.

A pressão do City era tanta, que com 15 minutos de jogo, já havia trocado mais de 120 passes. O Real Madrid? Apenas 13.

Aos 18, Gundogan sofre falta e De Bruyne vai para cobrança, que passou perto e assustou o torcedor merengue. Courtois operou outro milagre. Haaland ganhou de cabeça de Militão e mandou no contrapé, exigindo grande defesa do goleiro belga.

Mas de tanto martelar, enfim o City conseguiu abrir o marcador. De Bruyne, como sempre, muito participativo, achou belo passe entre Modric e Kroos, e Bernardo Silva, sem marcação dentro da área, só bateu colocado com a perna direita, no canto esquerdo de Courtois. Demorou, mas saiu o zero do placar.

Tentando esboçar uma reação, o Real chegou, mas não chutou. Na velocidade, Vini até entrou na área, mas Walker conseguiu o desarme. Depois, foi a vez de Rodrygo dar o passe em profundidade, mas Ederson se antecipou e fez a defesa antes que a bola chegasse em Benzema.

O primeiro chute dos espanhóis gelou o Etihad Stadium. Benzema tocou para trás e Kroos mandou de longe, com o chute explodindo no travessão.

Se o Real tinha assustado, o City respondeu ampliando o placar aos 37 minutos. Grealish toca para Gundogan, que finaliza. A bola desvia em Militão e volta para Bernardo Silva, que cabeceia para o gol, aumentando a vantagem.

E o City foi para um abafa final. Bernardo Silva se enrolou para dominar a bola, mas concertou a jogada, foi para cima da marcação, mas mandou no meio do gol. E Akanji, ainda teve um chute desviado por Alaba.   

Segundo tempo

Ruben Dias fez falta em Vinícius Junior e levou cartão amarelo. Alaba cobrou com efeito, e Ederson espalmou para escanteio.

Aos 17, veio uma alteração de praxe no Real Madrid, Entrou Rudiger no lugar de Modric. Com isso, Camavinga foi para o meio fazer a função do croata e Alaba é deslocado para a lateral esquerda. Logo depois, Kroos foi sacado para a entrada de Asensio. Passando a jogar em um 4-2-3-1.

Apesar do ímpeto inicial, o Real tocava a bola, mas não ameaçava o gol de Ederson. Do outro, o City, controlava o jogo e conseguia manter a bola no campo de ataque, além de algumas saídas em velocidade, aproveitando que o rival estava mais exposto na defesa.

Aos 27, Haaland teve outra boa oportunidade, mas parou em Courtois, com a bola ainda pegando no travessão. Aos 30, veio o gol da confirmação da vaga à final. De Bruyne cobrou falta para a área e Akanji toca de cabeça. A bola bateu em Militão no meio do caminho e tirou qualquer chance de defesa do goleiro.

Na sequência, vieram algumas alterações. Do lado azul, saiu Gundogan para a entrada de Mahrez. Do lado branco, veio Lucas Vásquez, Tchouaméni e Ceballos nos lugares de Carvajal, Camavinga e Rodrigo.

Sem nada a perder, o Real se lançou ao ataque e colocou Ederson para trabalhar em sequência. O brasileiro evitou chute de Vini Jr e depois, espalma finalização de Ceballos.  

Mesmo com as alterações de Foden e Julián Álvarez, o argentino definiu o placar ao entrar sozinho na área e só tirar do goleiro , para decretar a goleada e a última caga para a final da Liga dos Campeões.    


Estéfano Butzge

Jornalista formado na Universidade Católica de Pelotas. Colecionador de camisas de futebol, torcedor do Internacional, Nottingham Forest e da McLaren na Fórmula 1. twitter

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem